Por: Luiz Castro
http://www.youtube.com/watch?v=q5LLD7iIUWQ
Um dos grandes acontecimentos da semana foi o vazamento da execução (nunca o termo fez tanto sentido) do hino nacional pela cantora Vanusa, durante cerimônia na Assembléia Legislativa de São Paulo, em maio deste ano. Pouco importa se ela estava embriagada ou se, como alega a “musa do iê-iê-iê”, o culpado pelo vexame são os medicamentos para labirintite, o fato é que a interpretação pode ser considerada uma justa homenagem à atual situação da política brasileira.
O interessante é que durante a apresentação, que em poucas horas virou um dos grandes hits da Internet, os políticos presentes sequer esboçam algum tipo de reação, de espanto, indignação. Vai ver é o costume de fechar os olhos para os erros e transgressões que estamos cansados de ver em assembléias, na Câmara e, sobretudo, no Senado, presidido pelo eterno José Sarney.

Mas então façamos justiça a Sarney. Sintam-se também homenageados com esse hino o presidente Lula, totalmente conivente com todos os escândalos desde o Mensalão de 2005, Fernando Collor, José Dirceu, Renan Calheiros, e todos os outros que, mesmo violentando a ética e a dignidade, seguem sem receber seus mais do que merecidos cartões vermelhos.
Falando em cartão, sábado, como já é de praxe, os jogadores da seleção brasileira devem cantar o hino nacional ao melhor estilo Vanusa, antes do clássico contra os argentinos. Mas eles podem errar a letra o quanto quiserem, têm créditos, afinal de contas a Seleção Canarinho ainda é um dos poucos motivos de orgulho desse país. Ok, lá também temos o eterno Gilberto Silva, uma espécie de “Sarneyzinho” dos gramados, mas que ótimo seria se essa fosse a única reclamação dos “brasileiros e brasileiras”.
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