terça-feira, 24 de novembro de 2009

Como ter 15 minutos de fama

Por: Rodrigo Ragonha



Agora pra se tornar famoso e conhecido não basta ter talento, muito menos ralar pra conseguir subir já que isso não surge da noite pro dia, a não ser que você seja um conhecido de alguém da produção do BBB e tenha o perfil do programa. Hoje em dia basta ir com algum vestido curto na faculdade que a fama vem imediatamente, não precisa nem ser bonito(a) ou ter um corpo atraente.



O caso da aluna Geisy da UNIBAN, que foi hostilizada por ir com um vestido curto para aula, mostra o quanto a televisão espera aproveitar com essas pessoas que fazem de tudo pra conseguir seus 15 minutos de fama. Depois do episódio em outubro ainda a estudante, que não tem carinha nenhuma de santa, já conseguiu mudar o visual indo ao salão de beleza daqueles cabeleireiros de celebridades, que afinal é vida que agora ela está tendo.

Já participou da gravação do programa “Casseta e Planeta” da Globo, teve apresentador que foi tirar foto com Geisy. Dizem que já existem revistas masculinas querendo aproveitar dessa fama repentina para fazer um ensaio fotográfico com a garota, e com certeza vai precisar de muito Photoshop. A última agora é que a estudante vai leiloar a calcinha, quem ganhar por favor queime.

Também não duvido que se reality-show “A Fazenda” da Record fosse começar daqui a pelo menos um mês estaria entre os artistas a estudante de turismo. No próximo Big Brother eu acredito que não, porque lá seria para anônimos, caso em que nossa querida Geisy hoje não se enquadra.

Mas não entendi tanta bagunça por causa do vestido da moça, basta ir em um dia de calor no próprio Mackenzie e meninas com roupas bem a vontade vão ter de monte. Mas parece não existe problemas o suficiente no Brasil, para se discutir tanto um vestido curto.










segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Por que nos tornamos cada vez menos humanos?

Por: Luiz Castro


Curta-metragem espanhol discute a impessoalidade e inflexibilidade da sociedade na qual vivemos    

Muito se discute o papel da tecnologia e do desenvolvimento dos meios de comunicação e quais os reflexos destes no comportamento e proximidade entre as pessoas. Celular, Orkut, MSN, Skype, webcans, Twitter, etc.  São tantas as possibilidades de entrarmos em contato com o maior número de pessoas, inclusive as que não conhecemos e isso nos passa a impressão de que estamos cada vez mais próximos uns dos outros. Mas será que, na realidade, não acontece o contrário? 

Um curta-metragem espanhol, chamado Diez Minutos, do diretor e roteirista Alberto Ruiz Rojo nos ajuda a discutir essa impessoalidade nos meios de comunicação. E além deste problema, o curta nos apresenta outra questão: a inflexibilidade e dificuldade que as pessoas sentem em saltar uma regra, em sair do senso comum, do que nos é estipulado, ainda que isso claramente nos traga benefícios. O vídeo pode ser encontrado no youtube, dividido em duas partes:(Parte 1), (Parte 2).  Não há legendas em português, mas é possível compreender bem a mensagem do filme com um mínimo de conhecimento da língua espanhola.

O filme conta a história de um homem que liga para o serviço de atenção ao cliente de seu celular e retrata, em pouco mais de dez minutos, o modelo de sociedade em que vivemos. Enrique, protagonizado por Gustavo Salmerón, encontra-se desesperado em sua casa após a decisão de sua namorada de aceitar uma excelente proposta de trabalho e se mudar para Nova Iorque. Gustavo não havia concordado em viajar com sua amada, mas após mudar de idéia, se vê impotente ao não encontrá-la para comunicar sua decisão. Nesse momento, o protagonista se lembra que sua namorada havia ligado para uma amiga às 19h35min, do seu celular e que, tendo esse número, ele poderia encontrá-la e convencê-la a ficar com ele na Espanha.

Como seu celular só gravava as últimas ligações, ele teria que ligar para o centro de atendimento para descobrir o número chamado. A partir daí, Enrique se depara com a inflexibilidade e impessoalidade da operadora Nuria (Eva Marciel), que se nega a dar-lhe o número da chamada, por não poder desobedecer uma regra – a de fornecer números de chamadas, ainda que para os donos do aparelho móvel. Indignado, Enrique tenta convencer Nuria, de todas as formas, que ela não precisava agir como uma máquina e que, com o mínimo de solidariedade a outro ser humano, ela poderia informar-lhe o número.

Talvez pela simplicidade da situação, que já aconteceu ou poderia acontecer com qualquer um (Quem nunca se irritou com uma operadora de telemarketing que mais parece um robô e não um ser humano?), Diez Minutos é uma grande obra que nos mostra, de forma muito clara, que vivemos em um mundo no qual se esquece cada vez mais o sentido de humanidade, de compaixão.  Estão todos presos às regras do sistema e a tecnologia, ainda que pareça encurtar as distâncias, na realidade distancia cada vez mais as pessoas.  

Diez Minutos representa uma mensagem de esperança à sociedade fria e impessoal e foi coroada com mais de 85 prêmios em festivais ao redor do mundo, incluindo o prestigiado Goya, em 2005.

domingo, 22 de novembro de 2009

A nova onda é se atualizar pelo celular

Empresas inovam e usam da tecnologia Bluetooth para atrair o público

Carta, telegrama, fax, jornal impresso, internet. As maneiras de se comunicar e saber de uma notícia ou de propagandas e publicidade são muitas e foram evoluindo ao longo dos anos, mas a mais nova forma de se interagir com os acontecimentos é através do celular.


Hoje em dia, empresas são criadas com o intuito de divulgar anúncios e notícias pelo celular, seja por meio das operadoras de telefonia ou pela forma mais simples encontrada atualmente de compartilhar uma novidade: o Bluetooth, que é uma maneira de conectar e trocar informações através de uma freqüência de rádio de curto alcance globalmente não licenciada e segura.

Este serviço é válido para locais onde a concentração de pessoas é muito grande, como em um estádio de futebol ou em um show. O anúncio é mandado por meio de um celular para vários outros através do Bluetooth, que é gratuito e dá 100% de certeza que o que se quer enviar, foi enviado. Existem outras formas de estabelecer esta comunicação, como WAP, que é a conexão à internet por meio do celular, ou o SMS, que é a simples mensagem, enviada do aparelho.

Dessa maneira, o público atingido por tal forma de comunicação, passa a buscar o conteúdo que mais deseja dentre todos os disponíveis e deixa de ser aquela estátua que só absorvia o que era passado. Isso acarreta uma mudança no pensamento da função real do jornalista de anos atrás. Para o professor de Mídias Digitais, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Carlos Eduardo Sandano, “o jornalista tem outras funções na sociedade hoje em dia, uma delas é de ser um organizador de conteúdos”, ou seja, o profissional da comunicação busca atender e satisfazer determinada pessoa, seja qual for a sua preferência.

O mercado de comunicação por celular ainda é muito restrito. A maior parte das pessoas não estão acostumadas a se atualizar através do celular, mas a cada dia os investimentos nessa área vêm crescendo e as expectativas dos profissionais da área para que ocorra uma aceitação em massa em breve, é grande.

O jornalista responsável pelo site MobilePedia, que divulga as ações de marketing relevantes que acontecem no mercado, Pedro Bombonatti está confiante nesse crescimento explosivo da utilização do celular: “de fato, esse mercado evoluiu bastante, mas esperamos um avanço muito considerável em pouco tempo. Minha aposta é entre 2008 e 2009”.

Este serviço é de grande ocorrência no mundo dos esportes, principalmente no futebol. Os clubes fazem grandes jogadas de marketing, como a criação de jogos, informações sobre o time e anúncios de patrocinadores, com o propósito de atrair o torcedor. O estudante de Jornalismo, João Maia Ramos, de 20 anos, acha esta iniciativa positiva, pois “é um ótimo investimento para os clubes por se tratar de uma mídia ‘on the go’(mídia que sempre acompanha o usuário), ela se torna ideal porque é capaz de atingir um público extremamente grande e de forma bem pessoal”.

No Brasil, a forma mais expressiva desse cenário é via SMS, devido a limites tecnológicos e uma população presa a fontes já usadas há tempos. Mas novos caminhos vêm sendo traçados e a expectativa é que as novas formas de aceitação da notícia pelo celular seja concretizada rapidamente. O certo é que a cada dia, a sede das pessoas por informação aumenta, e a esfera da comunicação tem de se desdobrar para atender essa sociedade cada vez mais exigente em se manter atualizada.

http://www.youtube.com/watch?v=lSufHbsBe98 - Bluetooth Advertising & Marketing

http://www.youtube.com/watch?v=7OFK_4fzLCE&NR=1&feature=fvwp - Bluetooth! What Is It? How Does It Work?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ricos e pobres dividem o mesmo espaço na cidade


Por: Bruno Pegoraro e Rodrigo Ragonha


Área nobre de São Paulo apresenta um dos maiores contrastes socioeconômicos da região


Uma das áreas mais nobres de São Paulo apresenta um dos maiores contrastes socioeconômicos da região A região de Higienópolis detém uma população de aproximadamente 55 mil habitantes. A mesma conta com um elevado índice de desenvolvimento humano, 0,950.


Um IDH comparado ao de países como a Espanha.O bairro fica localizado na região central da nossa megalópole. Idealizado por ricos judeus vindos de Nova Iorque. Também serviu de moradia para os barões do café no inicio do século XX. Um dos primeiros prédios da cidade de São Paulo, o Edifício Alagoas, foi erguido em Higienópolis em 1933. Apesar de todo esse glamour o bairro apresenta grandes contrastes.


Na mesma avenida fica localizado o shopping mais caro da cidade. Onde um relógio na loja R.Wannier sai pela bagatela de R$ 1.280,00. No mesmo quarteirão, uma pequena banca vende a cópia do mesmo relógio. Arrematado por R$ 25,00 nas mãos de um vendedor ambulante. “Essa aqui e uma replica, mas e igualzinha a original, e garanto que não vai dar defeito”.


Outro exemplo pode ser visto na loja Meia de Seda, onde uma camisola em liquidação não custa menos que R$159,90. Descendo alguns quarteirões em direção ao metrô Santa Cecília, podem-se encontrar peças similares custando R$ 13,90. A região abriga um grande número de vendedores ambulantes. Como é o caso de Élio Santos Araújo, 29 anos, trabalha desde os 9 com comercio de rua. Conta que consegue faturar a média de R$ 50,00 por dia. “Tem dia que eu tiro (ganho) uns 50 reais, mas tem dia que eu não consigo nada e ainda perco as mercadorias para a fiscalização”. As suas mercadorias variam de CDs falsificados que saem um por R$ 5,00 e três por R$ 10,00, passam por camisas de futebol, e chegam a imitações de bolsas da Puma e Nike.Variação de preços chega a 439%


Mas não é só na comparação entre os produtos originais, vendidos dentro do Shopping Higienópolis, e os produtos falsificados encontrados nas barraquinhas dos camelôs que a diferença de preço é grande.Existem dois supermercados na região e a diferença de preços também é considerável. O Pão de Açúcar, localizado na esquina da rua Maria Antônia, com a Itambé, e atende a um público classe A e B, tem preços mais elevados, em relação ao Econ, supermercado mais popular, que encontra-se a quatro quarteirões abaixo do Pão de Açúcar.
As diferenças mais exorbitantes são em produtos que compõem a cesta básica, por exemplo, o arroz e o macarrão. Já o feijão e a lata de óleo a variação não é tão grande assim.

Pão de Açúcar Econ Variação
Arroz 1kg 4,70 2,29 205%

Feijão 1kg 2,79 2,55 10,5%

macarrão 500g 6,99 1,59 439%

Óleo 900ml 2,33 2,15 10,8%

Valores em reais



Há também aqueles produtos que já são realmente feitos para um público bem selecionado, onde só são possíveis de encontrar no Pão de Açúcar. Separamos alguns produtos com preços elevados que não podem ser encontrados no Econ. Por exemplo, seria um luxo muito grande pra alguém que ganha R$500 em um mês, pagar R$21,05 em um pacote de 340 gramas de amendoim, ou R$16,90 em um pote de sorvete de 473ml. Uma garrafa de 1 litro do whisky 12 anos é vendida a R$119,90, o equivalente a 25% do salário mínimo brasileiro.






quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A queda do muro de Berlim, um novo começa a surgir

Por: Bruno Pegoraro
20 anos da queda do Muro de Berlim.

Um acontecimento que parou o mundo todo. Afinal era como se fosse o surgir de uma nova era.

http://www.youtube.com/watch?v=hNh_4SoTYhs
(Queda do muro de Berlim)

Uma certa “retomada” da liberdade de ir e vir, o fim da Guerra Fria e o começo de um recomeço.
Os alemães orientais finalmente poderiam comprar os magníficos carros alemães, novos eletrodomésticos e se livrarem daquelas peças de museu soviéticas. Era mais ou menos como um sonho americano.

Esse mesmo sonho que alguns latinos americanos em sua grande maioria mexicanos tentam buscar na terra do Tio Sam.

O sonho de não sofrer com a pobreza, de terem a possibilidade de comprar um vídeo game para o seu filho no natal. O sonho de ter uma casa com ar condicionado e uma televisão bem grande, de LCD. O sonho de deixar os ônibus coletivos para trás e ter um carro, apenas mais um nos milhões de veículos norte americanos que poluem o planeta todos os dias.

Mas eles são latinos, não tem esse direito, eles servem para que?
Para cortar grama, limpar banheiros e fossas, cuidar das crianças, levar o cachorro para passear e entregar as tão desejadas pizzas.

Apenas para isso, são como robôs serviçais, basta colocar uma moeda e eles funcionam.

É bem verdade que eles são indispensáveis.

Mas já estão repletos deles. Aquela velha história, um é pouco, dois é bom e três, quatro, cinco...mil. Chega! Ai já é demais.

O que fazer?

Que tal levantar um muro, e colocar alguns cachorros e policiais para correrem atrás deles?
É exatamente o que acontece em Tijuana no México. Quase 20 anos após a queda do Muro de Berlim um novo muro continua a se prolongar.

http://www.youtube.com/watch?v=r9qO1YcMLw8&feature=related (Cenas do muro de Tijuana)

Contra o muro na Alemanha houve um grande levante e finalmente a sua derrubada.

E contra esse? Será que teremos uma nova revolução?

Acho difícil.

Velhas barreiras dificilmente serão destruídas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Se fossem modalidades olímpicas, dois ouros estariam garantidos

Por: Rodrigo Ragonha


O que vem acontecendo nesses últimos dias nas duas principais cidades do país é preocupante. Sem contar o resto do Brasil, mas vou focalizar apenas nas gigantes: Rio de Janeiro e São Paulo.

Se a policia do Rio se gaba por ter o Caveirão, carro blindando pesado, que invade em favelas passando por cima de tudo, carros, barreiras armadas pelos traficantes, e recebendo tiros dos mais diversos calibres, agora ta na hora de pensar montar o Caveirão dos ares.

Na guerra urbana que foram esses últimos dias no Rio de Janeiro morreram mais de 40 pessoas, entre criminosos, policiais militares, e moradores do morro. E dessa vez o que antes parecia ser uma vantagem da policia, acabou caindo, literalmente. Municiados de armamento pesado, considero de guerra, os traficantes conseguiram abater um dos helicópteros da polícia que sobrevoava o morro.

Apesar do heroísmo do piloto, o PM Marcelo Vaz, que conseguiu fazer um pouso forçado com o helicóptero em chamas num campo de futebol próximo a favela, 3 policiais morreram, dois ainda no local da queda e um terceiro em decorrência das queimaduras sofridas em 80% do corpo.

Talvez, depois da vitória do Rio em sediar as olimpíadas de 2016, agora podemos pedir uma nova modalidade olímpica, o abatimento de helicópteros, assim um ouro era praticamente certo.

Agora vindo para a capital paulista, bom parece que as coisas lá no céu não andam legais, não aqui não estão derrubando helicópteros, digo em razão das chuvas. São Pedro e São Paulo não devem estar se entendendo muito bem ultimamente.

E nesses últimos dias choveu o suficiente para parar a maior cidade do país, até quando o povo vai tolerar isso? Acho que jamais veremos uma resolução para o problema das enchentes. Basta o tempo fechar, e começa o desespero para milhões de paulistanos. Alguns merecedores de medalhas de ouro pelo o que acabam enfrentando toda vez que chove.

Mas ta ai, outra modalidade pode ser lançada, a cidade que se enche de água mais rápido por causa de uma chuva, garantiríamos mais um ouro pro Brasil sem duvida nenhuma. E pensar que serão gastos em teoria R$ 25 bilhões com os jogos olímpicos aqui, sem contar o que será gasto dois anos antes com a Copa do Mundo.

domingo, 6 de setembro de 2009